Só os Superficiais veem a superfície dos outros
Estamos atravessando o mês da consciência negra. Apesar da legislação rigorosa no combate ao racismo, inúmeros casos são registrados todos os dias
foto: Divulgação/arquivo pessoal
Martin
Luther King Junior (1.929 – 1.968), foi um pastor batista e ativista político
estadunidense que se tornou a figura mais proeminente e líder do movimento dos
direitos civis nos Estados Unidos de 1.955 até seu assassinato em 1.968. King é
amplamente conhecido pela luta dos direitos políticos através da não-violência
e desobediência civil, inspirados por suas crenças cristãs e o ativismo não
violento de Mahatma Gandhi. É dele a frase: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver
meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele”.
Estamos
atravessando o mês da consciência negra. Apesar da legislação rigorosa no
combate ao racismo, inúmeros casos são registrados todos os dias. O racismo
velado coisifica as relações sociais e, pretende em vão, desumanizar o homem.
Só as pessoas superficiais veem a superfície dos outros. Os profundos veem a
alma e o coração. Veem a mente como manifestadora da vontade à razão do que é
certo ou errado.
Os
superficiais só enxergam a pele, a cor dos olhos, a magreza, a gordura, as
rugas, a etiqueta da camisa dos outros. Os profundos enxergam a capacidade de
ser bom, a educação, a manifestação de virtudes, tudo aquilo que flui da
vontade, dos sonhos, da religiosidade.
No
que consiste o racismo velado (a discriminação velada)? É a ação de dizer algo
racista, mas não ter noção da gravidade do preconceito racial anexado a frase
endereçada a uma pessoa. Quando se diz que no Brasil o racismo é praticado de
forma velada, quer dizer que foi praticado encoberto, disfarçado, escondido
(coberto com véu). O autor da discriminação e do preconceito (agressor) não
revela seu verdadeiro sentimento em relação ao agredido. Disfarça seus
sentimentos com brincadeiras recheadas de segundas intenções. Brinca, quando na
verdade quer humilhar, ofender, menosprezar e diminuir o outro.
Esse comportamento da sociedade brasileira traz consequências devastadoras para os ofendidos. Pesquisa feita pela USP – Universidade de São Paulo mostra que o racismo faz com que muitas pessoas negras se sintam insuficientes e culpadas devido a essa falta de integração plena em uma sociedade que as violenta e as segrega recorrentemente.
Vivemos
em um país livre, plural e multicultural. Aqui, diferente do resto do mundo,
convivem, social e harmonicamente, diversas etnias. Por conseguinte, toda
manifestação cultural (hábitos e costumes) deve ser respeitada, conforme prevê
a nossa Magna Carta. Vale frisar que um indivíduo pode ser discriminado em
razão de suas crenças, expressões religiosas, idioma, roupas, costumes e
tradições. Qualquer demonstração de aversão, seja por meio de palavras ou
ações, em relação à cultura particular de determinada população étnica ou de um
único indivíduo é discriminação.
Martin
Luther King nos deixou o seguinte ensinamento: “Chega um momento em que temos
que tomar uma posição que não é nem segura, nem política, nem popular, mas que
deve ser tomada porque a consciência lhe diz que isso está certo. Eu decidi
ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para suportar”.
O
homem superficial é muito raso. Não consegue entender o caráter do seu
comportamento. Pois, a superfície, na maioria das vezes, é decisão divina.
Quando dizemos ou pensamos: “odeio um negro”, de fato devemos lembrar que odiamos
a Deus. Não podemos odiar no outro aquilo que ele não pode mudar: sua pele, sua
sexualidade, seus limites mentais, etc. “Respeitar ou outro como o outro é”, é
tudo o que chamamos de ética. Pense nisto!
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