Noventa e nove por cento das coisas que nos preocupam jamais acontecerão

17/10/2021 10H25

foto: Divulgação/arquivo pessoal

Luís Irajá Nogueira de Sá Júnior

Advogado no Paraná - Palestrante

Professor do Curso de Direito da UNIPAR

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Dale Carnegie (1.888 – 1.955), foi escritor, orador e formador norte-americano. Fundou a empresa que leva o seu nome, e tem hoje mais de três mil instrutores e escritórios em aproximadamente noventa e sete países. Já formou mais de nove milhões de pessoas no mundo. É autor do best-seller “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”. É dele a frase: “A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje”.

Infelizmente, o medo paralisante tomou conta dos sentimentos do homem moderno. Medo de perder o emprego. Medo de passar fome. Medo dos rumos da política. Medo da crise econômica. Medo de ficar pobre. Medo de não tirar boas notas na prova. Medo de morrer e ir para o inferno. Medo de perder um ente querido. Medo de não conseguir conquistar uma namorada ou namorado. Medo de sair em dia de chuva e ser atingido por um raio. Medo de dirigir. Medo de sair de casa e esquecer o ferro ligado, a torneira da pia escoando água ou a porta da casa aberta, entre outros.

A pergunta que não quer calar é: qual a probabilidade destas hipóteses ocorrerem na prática? Afirmam os estudiosos que é possível eliminar nove décimos das nossas preocupações se deixarmos nossas apreensões de lado o tempo suficiente para que possamos verificar se (de acordo com a lei das probabilidades), nossas preocupações tem qualquer justificativa real. Logo, só o tempo é capaz de mostrar que noventa e nove por cento das coisas que nos preocupam, jamais acontecerão.

No decorrer de nossa vida, certamente, iremos nos deparar com diversas situações desagradáveis. É inexorável. Porém, duas alternativas se apresentarão em todas as ocasiões: A primeira: aceitá-las como coisas inevitáveis, e, ajustar-nos a elas. A segunda: arruinar a nossa vida com rebeliões que talvez terminem em colapsos nervosos. Sendo assim, é preciso aprender a dominar os aborrecimentos, sob pena de ter que viver em verdadeiro inferno astral (irritado, sob tensão e de mau humor). O filósofo William James nos ensina a seguinte lição: “Diante das situações desagradáveis, aceite, de boa vontade, que assim seja. A aceitação do que aconteceu é o primeiro passo para se dominar as consequências de qualquer infortúnio”.

Todos nós podemos suportar os desastres e as tragédias e triunfar sobre tudo isso, se tivermos necessidade de o fazer. As circunstâncias, por si sós, não nos tornam felizes ou infelizes. É a maneira como reagimos ante as circunstâncias que determina os nossos sentimentos, ou seja, diante de situações favoráveis ou desfavoráveis cultive o hábito da gratidão e permanecerá sereno. Logo, é possível afirmar que a gratidão é uma das emoções mais espetaculares que o ser humano é capaz de sentir. Ela faz com que nesse momento, tudo o que eu tenho, e, não o que eu já tive ou vou ter, seja suficiente para que eu possa me sentir um privilegiado. Apesar do medo de tudo e de todos, faça a experiência de agradecer, constantemente, as pequenas coisas que acontecem na sua vida e tudo que estiver ao seu derredor. A gratidão é um poderoso remédio contra a ansiedade, depressão e síndrome do pânico!

Dale Carnegie nos ensina: “Imagine que você se encontre tão desanimado que não tenha mais esperança de transformar seus limões em limonadas. Nesse caso, ainda há duas razões pelas quais você deve, pelo menos, tentar. A primeira: pode ser que você tenha êxito.
A segunda: mesmo que não tenha êxito, a simples tentativa de transformar o seu mínimo em máximo fará com que você olhe para frente, em vez de olhar para trás. Fará com que você substitua seus pensamentos negativos por pensamentos positivos. Despertará as suas energias criadoras, fazendo com que você fique ocupado, que não tenha tempo nem vontade de lamentar o que já ficou para trás, o que já passou para sempre”. Pense nisto!

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