Por acaso ou destino, o analista maker do Celeiro de Inovação do Cilla Tech Park, Jhonnathan Ferreira, conheceu o projeto através de uma conversa com o então Diretor e atual consultor do CTP, Paulo Alvim. “Ele me enviou uma postagem do Instagram do Rotary, que havia conseguido contato com o projeto e assim adquirido uma prótese para uma criança”, relembra Jhonnathan.

A descoberta chamou a atenção do maker, que em conjunto com o Cilla Tech Park, tem explorado mais essa área de órteses e próteses. “Me interessou essa conexão para descobrir o que está sendo produzido fora e assim tentarmos desenvolver aqui”, explica. O projeto ganhou ainda mais significado ao perceber que se tratava de uma iniciativa gratuita, que atende tanto pessoas que nasceram com deficiência quanto vítimas de zonas de guerra que perderam os membros.

A história do LN4 Hand Project é marcada pela emoção e pelo desejo de transformar vidas. “Esse projeto nasceu por conta da filha do inventor, chamada Ellen, simbolizando amor, legado e transformação”, conta Jhonnathan. Ellen faleceu tragicamente em um acidente de carro aos 18 anos, e seu pai, Ernie Meadows, designer industrial, decidiu canalizar seu luto em uma iniciativa solidária. Assim, criou a LN4 Hand, uma prótese de mão mecânica simples, durável e de baixo custo, voltada a pessoas sem acesso a recursos mais avançados.

Motivado pela causa, Jhonnathan viu no projeto uma forma de atuar diretamente na transformação social. “Eu, como analista maker, percebi que posso ser uma ferramenta ou um mecanismo de aproximação das pessoas para que elas tenham acesso a isso. Então me coloquei à disposição desse lindo projeto”, afirma.

A experiência acumulada no Espaço Maker do  Cilla Tech Park, onde Jhonnathan já participou de iniciativas como a parceria com o Hospital São Vicente para criação de maquetes cirúrgicas, mostrou-se um diferencial. “Esse projeto é alinhado com nossas ideias”, destaca.

“Não é necessário ter formação técnica para se tornar um embaixador”, explica Jhonnathan. “Existem treinamentos específicos com aulas super simples que ensinam a montagem, os ajustes necessários para que a prótese se adapte ao usuário e como ensiná-los a utilizá-la no dia a dia”. Essa capacitação também aborda aspectos emocionais e sociais, fundamentais para lidar com os beneficiários com empatia e acolhimento.

Os embaixadores ainda têm papel ativo na busca por pessoas que possam se beneficiar da prótese, bem como na organização e realização das entregas. Agora com o analista maker como embaixador, o CTP poderá apoiar e ajudar pessoas que necessitam do equipamento.

“Assim como nós, do Cilla Tech Park, o LN4 Hand Project valoriza pessoas que atuam com empatia, dedicação e vontade de transformar vidas”, conclui Jhonnathan.