A Pandemia do Coronavírus em Guarapuava

Todos os protocolos científicos no combate à pandemia, estão sendo mantidos e a sua defesa é uma bandeira da Prefeitura de Guarapuava. Mas, mesmo assim a pandemia avança e suas consequências podem ser vistas em UTIs de UPAs e Hospitais da cidade

14/05/2021 16H35

Foto: Secom

Todos os protocolos científicos no combate à pandemia, estão sendo mantidos e a sua defesa é uma bandeira da Prefeitura de Guarapuava. Mas, mesmo assim a pandemia avança e suas consequências podem ser vistas em UTIs de UPAs e Hospitais da cidade – todos trabalhando acima da capacidade de atendimento.

 

Desde o início da pandemia, há pouco mais de um ano, Guarapuava trabalha duro no combate ao vírus. São centenas de enfermeiros envolvidos. Desde servidores estatutários aos contratados temporários. Do atendimento nas UTIs, Hospitais e tenda de vacinação, a sobrecarga de trabalho ainda é um grande problema. Há expectativa que mais de 30 novos profissionais sejam incorporados ao grupo da linha de frente para amenizar a necessidade do momento.

 

Guarapuava se destacou com a criação do Comitê de Crise. Foi quando se tornou o primeiro município do Brasil a instituir a obrigatoriedade do uso de máscara, pensando nos mais pobres, os que vivem em situação de vulnerabilidade, em que o projeto Máscaras pela Vida,  fez a entrega de milhares de máscaras a famílias carentes.

 

Um investimento amplo em prol da saúde dos guarapuavanos, com anúncio da vinda de mais respiradores, reforma do Pronto Atendimento do Trianon, tudo para organizar o fluxo das UPAs, com o único objetivo de amenizar a situação.

 

Desde 2020 Guarapuava está perto de alcançar 30 mil testagens realizadas no ginásio de Esportes Joaquim Prestes e mesmo em meio a tanta estrutura, o número de infectados não para.

 

São mais de 1.600 casos ativos, circulando pela cidade. A disputa pelos poucos leitos que ainda restam, fica cada vez maior. Esta demanda exige novas remessas de oxigênio, contratação de mais enfermeiros, de médicos, de mais insumos para empurrar para frente a condição de colapso, mas há meses trabalhando com a capacidade de atendimento dentro do limite máximo – de pessoal da saúde e de espaço para atendimento.

 

Guarapuava cria uma população de novos trabalhadores municipais que a cidade não vê. Porque estão em intermináveis plantões, em revezamentos de turnos, para a manutenção de vidas.

 

Se o problema ainda não chegou até você, foi graças a este trabalho. Mas todos os dias, novos pedidos de abertura de leitos, de mais oxigênio, de mais insumos, de mais profissionais da área da saúde, são feitos aos governos estadual e federal.

 

Se em maio de 2020, início da pandemia, eram distribuídos  721 cilindros de oxigênio para Hospitais e UPAS, este mês de maio de 2021, o município alcança o número de 1440 cilindros de oxigênio distribuídos para atender a demanda de Hospitais e UPAS, o que representa um aumento de 100%. Desde o início da pandemia, foram mais de 16 mil cilindros distribuídos em rede hospitalar. Destes, o programa Melhor em Casa fez uso de 603 atendimentos oxigênio em residências.

 

Com esta tendência de crescimento na média móvel de mortes, passa um ano e  Guarapuava ainda  é apresentada todos os dias a uma nova situação, cada vez mais grave a um inimigo quase invisível.

 

A taxa de ocupação das UTIs públicas quando não está em 100%, fica próximo disso. As mortes divulgadas nos boletins diários, incorporam uma rotina que não pode ser aceita. Para frear isso,  será necessário entender que de alguma forma, ao menor descuido, todos corremos o risco de contaminação e todos podemos ser mais um número dos boletins diários, que até agora, para alguns, passou à margem, mas o perigo está do seu lado. Só não é visível, até que alguém mais próximo seja contaminado. Especialistas repetem isso à exaustão e precisa ser entendido como um perigo que coloca em risco a vida de todos.

 

Enquanto o pano de fundo da pandemia permanecer inalterado, com o vírus circulando livremente, o sofrimento deve se prolongar até que a vacinação seja massificada, o que não deve acontecer num curto ou médio prazo.

 

O histórico  do vírus pode ajudar a entender o exemplo dado em outros países, que apontam para um caminho bem distante do fez até aqui o Brasil.

 

As limitações impostas por medidas restritivas, com decretos ou concessões feitas a circulação das pessoas, ainda é o principal e a melhor forma de conseguir uma trégua para diminuir esta grave crise sanitária que vivemos.

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