Hortas comunitárias promovem integração entre comunidade e profissionais nas UBS

09/10/2019 12H54

hortas comunitarias (12)

Os cuidados com a saúde envolvem diversas práticas e, em Guarapuava, a comunidade têm se empenhado na prevenção. Foi partindo dessa premissa que boas iniciativas ganharam força em dois bairros da cidade. No Morro Alto, um grupo de moradores decidiu se aliar a equipe da UBS (Unidade Básica de Saúde) para promover mais saúde para toda a comunidade. “Há dois anos, discutimos a ideia da criação de uma horta comunitária para dar acesso aos moradores. Nosso objetivo é para que eles possam usufruir das hortaliças e envolver a população com o cultivo. Muitas pessoas deixam de cuidar da própria saúde e responsabilizam apenas os profissionais. Mas o principal interessado deve ser a própria pessoa. Por isso, aqui, elas são incentivadas ao autocuidado”, declarou o enfermeiro e coordenador da UBS, Antony Emanuel Xavier Colaço.

Os planos se expandiram para um projeto em planta, que de maneira simples, dividiu o pedaço de terra nos fundos do posto de saúde. A ideia foi desenvolvida por voluntários do conselho de moradores, como o aposentado, João Correia de Souza, que separou a produção orgânica em blocos de ervas medicinais, hortaliças, temperos e plantas frutíferas. “Pegamos os materiais das calçadas que não foram utilizados pela Prefeitura, para reciclar na construção da estrutura. Conforme conseguimos recursos, vamos melhorando. Aqueles que quiserem ajudar são bem-vindos e podem desfrutar de tudo o que tiver”, destacou o morador.

A iniciativa contagiou também o outro lado do município. No bairro Tancredo Neves, a horta comunitária teve um objetivo mais específico. Ela foi criada para ajudar hipertensos e diabéticos. O projeto reúne a comunidade e a equipe da UBS com residentes multiprofissionais da Unicentro. A horta prioriza o cultivo em materiais recicláveis como garrafas pets e pneus.

Os residentes incluem uma equipe com enfermeira, nutricionista, fisioterapeuta e educadora física, engajadas em sensibilizar e estimular os moradores na mudança de comportamento. “Pela demanda de pessoas com patologias crônicas, buscamos oferecer orientação para outras alternativas. Este é um incentivo para eles produzirem o próprio alimento, melhorando os hábitos alimentares”, afirmou a nutricionista, Gilvana Maria Ferreira da Silva.

Veja Mais