Morango: A fruta que adoça a vida também gera renda às famílias afirma Itacir Vezzaro

28/02/2018 14H52

Foto: Assessoria Secom

O comércio da fruta movimenta mais de R$ 800 mil por ano em Guarapuava, produzido por cerca de 50 famílias da Agricultura Familiar ​

A secretaria de Agricultura de Guarapuava divulgou na última semana os números sobre a comercialização de morangos in natura e semi-industrializados. Em 2017 foram colhidas cerca de 60 toneladas da fruta, movimentando de R$ 800 mil a R$ 1 milhão. Esse é um dos resultados do programa Vida Rural lançado em 2013 pela secretaria e a atual gestão do prefeito Cesar Silvestri Filho. O vice-prefeito e secretário de Agricultura e Turismo, Itacir Vezzaro, disse a reportagem que o objetivo é melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais, através de estratégias de diversificação da produção e ampliação de renda. “Queremos fazer com que Guarapuava seja autossustentável em vários tipos de produção e, com o incentivo do Vida Rural, estamos cada vez mais próximos de conquistar essa autonomia”, destacou Itacir.

O projeto de produção de morangos proporciona novas oportunidades de negócios com melhorias nas estruturas e acompanhamento técnico. Atualmente são 50 produtores inscritos no programa, sendo que 15 produzem pelo sistema semi-hidropônico, no qual a produção da fruta ocorre durante o ano todo. Além disso, a plantação fica na altura da cintura do coletor, facilitando a colheita. “As mudas são plantadas em sacos plásticos compostos por substratos e ficam suspensas em cavaletes, assim não é preciso se abaixar para pegar os frutos”, explica o assessor técnico da secretaria de Agricultura, Ademir Fabiane.

Referência em produtividade

Na comunidade do Guabiroba, Marisa Ferreira e o marido cultivam morangos há três anos. “Eu tinha uma loja de bordados na cidade, mas sempre gostei de morar no campo e a produção de morangos veio na hora certa. Assim eu consigo ter uma boa renda trabalhando com o que eu gosto de fazer”, conta. A produção de cada família varia de acordo com a quantidade de mudas plantadas e da época do ano. Marisa, por exemplo, possui 11,6 mil mudas, gerando uma média de 120 kg de morangos por semana.

O morango plantado pelos produtores do programa é da variedade Albion que tem como principal característica a qualidade do fruto tanto no tamanho como no sabor e firmeza. “A qualidade é a prioridade. Os morangos são colhidos e selecionados antes de serem comercializados. Aqueles que são descartados, por serem pequenos ou terem alguma lesão, vão para a panela, sendo transformados em geleias e doces comercializados nas Feiras do Produtor Rural, ou seja, não há desperdício e o produtor garante o lucro total com o produto”, ressaltou Itacir Vezzaro.

Produtos coloniais de agroindústrias

Outro programa de destaque da secretaria de Agricultura de Guarapuava é de implantação de novas agroindústrias e estruturação das em operação. Em parceria com a Emater-PR, o aumento e a diversificação de produtos artesanais têm sido visível no município, valorizando os alimentos produzidos de forma colonial e artesanal na cidade e interior. De acordo com os técnicos da Emater (regional Guarapuava), com estes programas de incentivo, centenas de profissionais tem saído do anonimato no setor da agricultura familiar. Onde atualmente o consumidor tem boas opções em queijos, embutidos, conservas, entre outros produtos. As equipes técnicas são formadas por profissionais economistas domésticos, engenheiros de alimentos, médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas.

Publicado no Jornal Extra Guarapuava dia 27/02.

 

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